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Principais desafios dos empreendedores

grupo-de-trabalhoO dinamismo que caracteriza o mercado laboral actual, seja ele o português ou qualquer outro num dos cantos do nosso planeta, transformou seriamente a forma de encarar o emprego, nem sempre para melhor. Enquanto em algumas nações se assegura uma certa estabilidade, outras registam precisamente o oposto, uma inconstância que ameaça o futuro da própria sociedade e dilacera as finanças dos cidadãos, obrigando mesmo a considerar a inevitável emigração em busca de oportunidades mais vantajosas. Contudo, ainda existem pessoas que não desistem de vingar no seu país e lutam contra o negativismo instalado nos planos económico e financeiro, indivíduos inconformados que se apoiam numa filosofia de empreendedorismo para gerarem as suas próprias fontes de rendimento à margem do controlo patronal.

Enveredar pela via da criação do seu negócio é uma decisão bastante importante que não deve ser tomada levemente. Implica muita ponderação, investigação, planeamento e sobretudo uma determinação sem igual. Apenas quem estiver disposto a entregar-se de “corpo e alma” a essa nova fase profissional terá hipóteses de contribuir para as estatísticas positivas dos negócios de sucesso, pois os primeiros anos de vida destes serão dos mais difíceis, havendo, portanto, a necessidade de total compromisso neste período crucial da rota empresarial.

Manter continuamente o empenho

Foi a última ideia deixada no parágrafo anterior mas vale a pena sublinhá-la novamente dado o seu grau de importância em tudo ligado à paixão nutrida pelo projecto. Se uma pessoa não gostar verdadeiramente do negócio em que está a investir o seu tempo e dinheiro, dificilmente haverá empenho que o salve. Por isso, não basta descobrir uma ideia potencialmente lucrativa e capaz de vir a ser um negócio viável, há que perceber se existe gosto por ela, caso contrário, as dificuldades que poderão vir a ter de se enfrentar terão eventualmente menos hipóteses de serem ultrapassadas devido à falta de determinação, uma fonte de vontade (quase) inesgotável quando se está apaixonado por um projecto mas bastante limitada quando assim não é.

Controlar e gerir o negócio

À excepção dos contabilistas, profissionais aos quais será conveniente recorrer por motivos óbvios, a administração do seu projecto deve inicialmente ser realizada pelo seu autor, não só por uma questão de poupança monetária mas também por garantir que a idealização é passada à realidade como a imaginou. Essa visão poderá até não ser a forma mais indicada ou sequer lucrativa de o efectuar, no entanto, pode muito bem funcionar. Mas uma coisa é certa, se não tentar nunca o saberá, logo, compensa arriscar e testar efectivamente o que fora concebido. Alguns dos maiores negócios foram motivos de riso antes de alguém neles ter acreditado e ter ganho coragem de os levar avante.

Obter financiamento inicial

Numa altura em que o crédito é restrito, a tarefa já de si complicada de obter um empréstimo para começar um negócio próprio é ainda mais difícil. Porém, não desistir é a fundamental. Procure alternativas de crédito como as patrocinadas ou facultadas pelo Estado (crédito PME, crédito para startups e microcrédito), auxílios privados à criação de emprego (conhecidos, amigos, familiares, entidades e instituições locais), capital de risco (business angels ou investidores individuais e venture capitalists ou investidores de capital de risco) e inclusive o mais recente e crescentemente popular financiamento colectivo (crowdfunding).

Analise todas as suas possibilidades, escolha a mais vantajosa e torne realidade o seu projecto. Depois de alcançado o sucesso não lhe vão faltar alternativas, o que não deve significar que esqueça os apoios responsáveis pela concretização da fase embrionária da sua ideia.

Vencer os obstáculos externos

No lote dos maiores desafios encontrados pelos empreendedores estão as dificuldades a eles alheias mas que são imprescindíveis para iniciar um negócio, nomeadamente a burocracia, um dos grandes inimigos na actualidade, sobretudo em Portugal e no Brasil, nações que além do idioma e demais semelhanças partilham também rígidos e complexos sistemas burocráticos altamente desencorajadores. Esta esfera inclui desde as licenças aos impostos, estado lento e tardio da justiça, entre diversas outras realidades que acabam por criar problemas de natureza variada que colocam à prova o empreendedorismo e a força de vontade dos empreendedores.